O mês de outubro começa hoje com mais uma campanha nacional de grande relevância pública. Trata-se do Outubro Rosa, um conjunto de ações de instituições públicas e privadas que visa despertar a população feminina brasileira para a necessidade da prevenção ao câncer de mama. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a doença tem sido cada vez mais predominante em mulheres jovens. Só neste ano, a estimativa é que sejam notificados 60 mil novos casos no País. Especialistas recomendam que as mulheres sigam o protocolo de orientações para a detecção precoce da doença. Se descoberto no início, há 95% de probabilidade de recuperação total, segundo o Inca.
De acordo com o instituto, referência do Brasil, a prevenção primária do câncer de mama está relacionada ao controle dos fatores de risco conhecidos e à promoção de práticas e comportamentos considerados protetores. Os fatores hereditários e os associados ao ciclo reprodutivo da mulher não são, em sua maioria, modificáveis; porém fatores como excesso de peso corporal, consumo excessivo de álcool e terapia de reposição hormonal, são, em princípio, passíveis de mudança.
Estima-se que, por meio da alimentação, nutrição, atividade física e gordura corporal adequados, é possível reduzir em até 28% o risco de a mulher desenvolver câncer de mama no Brasil. Como medidas que podem contribuir para a prevenção primária da doença, estimula-se, portanto, praticar atividade física regularmente, manter o peso corporal adequado, adotar uma alimentação mais saudável e evitar ou reduzir o consumo de bebidas alcoólicas. Amamentar é também um fator protetor.
A orientação é que a mulher realize a autopalpação/observação das mamas sempre que se sentir confortável para tal (seja no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação cotidiana). É necessário que a mulher seja estimulada a procurar esclarecimento médico sempre que perceber alguma alteração suspeita em suas mamas e a participar das ações de detecção precoce do câncer de mama.
A mamografia de rotina é recomendada para as mulheres de 50 a 69 anos a cada dois anos. Discuta com seu médico a adoção desse exame em outras faixas de idade. O importante é ter em mente que a prevenção é essencial. E, sobretudo, um ato de amor a você e a sua família.
Fonte: Correio Braziliense e Agência de Notícias do Inca