O presidente da Sociedade Brasileira de Urologia de São Paulo, Flavio Trigo, afirma que os homens brasileiros vivem sete anos menos que as mulheres. A população masculina é mais vulnerável às doenças por achar que nunca vai adoecer, fazer o diagnóstico tardio de doenças e não seguir o tratamento recomendado.
“Os homens precisam de um empurrãozinho a mais para procurar um médico. Acho que eles têm uma certa insegurança, um certo medo de ficar doente, o que é uma bobagem. Nós sabemos que as mulheres procuram o médico regularmente, fazem diagnóstico precoce das doenças, se tratam de uma forma mais adequada e até por essa razão elas estão vivendo mais que os homens”, afirma Trigo.
Para ampliar o acesso masculino aos serviços clínicos, o Ministério da Saúde criou a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem em 2009. O objetivo do programa é melhorar as condições de saúde dos homens, ampliando e facilitando o acesso às ações e aos serviços de assistência integral, por meio do SUS (Sistema Único de Saúde).
Francisco Norberto Moreira da Silva, coordenador nacional da Política da Saúde do Homem do Ministério da Saúde, disse que é preciso tirar o homem da invisibilidade e trazê-lo de volta para a lógica do cuidado. “O município é extremamente importante nessa perspectiva. Essa política visa qualificar os profissionais de saúde e pensar de forma conjunta estratégias que possam trazer esse homem para o cuidado integral”, observa.
A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem trabalha com cinco eixos prioritários: acesso e acolhimento; paternidade e cuidado; doenças prevalentes na população masculina; prevenção de violência e acidentes e saúde sexual e reprodutiva. No ano passado entrou em vigor na capital paulista a Lei que instituiu a Política Municipal de Atenção Integral à Saúde do Homem, integrando as políticas Nacional e Municipal, com regras de protocolo, atendimento e treinamento.
Fonte: TV Câmara de SP