Um dos exames mais temidos pelos homens é aquele que diagnostica o câncer de próstata. Cercado de preconceito, o exame de toque retal é evitado por grande parcela da população, o que desencadeia consequências graves para o homem. O exame de toque retal é feito pelo médico urologista no próprio consultório e dura, em média, menos de um minuto. O profissional introduz o dedo indicador no ânus do paciente para sentir a próstata, que está localizada na região à frente do reto. A posição varia de acordo com o médico e também com as limitações do paciente. O exame pode ser feito, por exemplo, com a inclinação do paciente sobre uma mesa ou, ainda, deitado lateralmente. Vale destacar que o médico utiliza uma luva de látex ou plástico lubrificada, o que diminui o desconforto e evita a dor.
O toque retal é um exame muito importante para detectar o câncer, pois, ao introduzir o dedo no ânus, o urologista consegue perceber a presença de um nódulo e até mesmo sentir a consistência da próstata. Identificando um tumor, o médico pede uma biópsia, que confirmará ou não a presença de um câncer. É importante frisar que, após os 50 anos, a recomendação de muitos médicos é a de que o exame de toque retal seja realizado anualmente. A idade cai para 45 anos caso existam casos de câncer de próstata em familiares, como pai e irmãos, diagnosticados antes dos 60 anos. Se o urologista identificar o câncer nas fases iniciais de desenvolvimento, as chances de cura são maiores, o que justifica a importância da realização periódica do exame.
Muitos homens perguntam-se por que não podem realizar apenas o PSA (Antígeno Prostático Específico), exame que avalia a quantidade de uma substância produzida na próstata, que aumenta na presença de câncer. Isso se deve ao fato de que o PSA, apesar de muito eficiente, pode não sofrer alterações em todos os homens com câncer. Sendo assim, o tumor pode estar presente em homens com PSA normal.
Além de ser usado para o diagnóstico de câncer, o exame de toque retal também é importante para verificar se o tumor espalhou-se para outros tecidos e para verificar se ele voltou após o tratamento concluído. Percebe-se, portanto, que é fundamental para o controle dessa doença.
Fonte: Mundo Educação – Doenças