Os homens costumam se cuidar bem menos que as mulheres, principalmente quando o assunto é saúde íntima. Porém, a ala masculina precisa ficar atenta, pois higiene básica pode prevenir uma série de doenças, inclusive o câncer. Além disso, a recomendação é fazer exames de rotina de próstata a partir dos 50 anos.
Pesquisa recente da SBOC (Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica) mostra que um a cada quatro brasileiros foi ou conhece alguém que foi diagnosticado com câncer de próstata. Segundo o levantamento, 67% sabem que deveriam passar pelo exame de toque e 42%, que deveriam fazer o PSA [exame de sangue], porém 22% dos brasileiros fazem exame de próstata e 20% de PSA.
Segundo o presidente da SBU-SP (Sociedade Brasileira de Urologia de São Paulo), Flavio Trigo, o cenário está mudando graças a campanhas de conscientização e à ajuda das parceiras. “Elas cobram que os companheiros se cuidem da mesma forma que elas”.
O homem jovem não tem a obrigatoriedade de ir ao urologista todo ano como as mulheres vão ao ginecologista. Porém, o ideal é procurar o especialista quando perceber algo estranho no corpo ou a partir dos 40, 50 anos para os exames periódicos. No entanto, os cuidados com a saúde devem ser feitos durante toda a vida.
Veja a seguir as principais doenças que atingem os homens:
Câncer de pênis – A questão da má higienização pode ser uma porta de entrada para várias infecções ou doenças que podem facilitar o surgimento do câncer de pênis com o tempo. O tratamento é apenas cirúrgico.
Câncer de próstata – O INCA (Instituto Nacional do Câncer) estima 61.200 novos casos de câncer de próstata em 2016 e 2017 no Brasil. Quando diagnosticada em estágio inicial, a doença tem 90% de chances de cura. Como não costuma apresentar sintomas no início, a recomendação é de que homens a partir dos 50 anos façam os exames de próstata e de PSA anualmente.
Deficiência androgênica do adulto – Outra doença comum em homens é a deficiência androgênica do adulto, mais conhecida como andropausa, e ocorre quando há queda da testosterona. O problema se manifesta após os 50 anos com perda de massa muscular, perda de libido [vontade de fazer sexo] e alterações de humor — que podem ser confundidas com depressão.
Disfunção erétil – A disfunção erétil, conhecida popularmente como impotência sexual, tem como causas fatores como hipertensão, diabetes, colesterol alto, tabagismo, alcoolismo, uso de drogas, idade avançada e sedentarismo, e é uma condição relativamente comum, explica o urologista. Entre 10% e 15% dos homens terão algum problema sexual ao longo da vida, seja na ereção ou libido.
Fimose – A fimose não é especificamente uma doença, mas sim uma situação em que o prepúcio [pele que recobre o pênis] dificulta a exposição da glande — popularmente conhecida como cabeça do pênis. Essa pele pode causar desconforto durante a relação sexual e dificulta a higiene. Somente se a pele provocar incômodo, é necessário removê-la porque machuca.
Hiperplasia prostática benigna – As causas da hiperplasia prostática benigna, mais conhecida como aumento da próstata, são desconhecidas, mas a condição é bastante comum em homens com mais de 50 anos. Em parte dos homens, a próstata pode comprimir o canal da uretra e causar sintomas urinários. A pessoa tem vontade de ir ao banheiro toda hora, urina várias vezes à noite ou não consegue fazer xixi.
HPV – As DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis) são normalmente causadas pela ausência do uso de preservativo na hora da relação. Porém algumas delas, como HPV e herpes genital, podem ocorrer mesmo com o uso da camisinha, já que a contaminação se dá por meio do contato das mucosas e fluidos sexuais de alguém que esteja com a doença.
Fonte: NoticiasR7.com